sábado, 7 de abril de 2012

Sábado Santo – Celebração da Luz, Liturgia da Palavra, do Batismo, Eucaristia


VIGÍLIA PASCAL

 (branco, glória, prefácio da Páscoa I – ofício próprio) Orientações:
1) Todos se reúnem fora da igreja junto ao fogo aceso.
2) Se possível iniciar a Vigília após o anoitecer.
3) Providenciar velas para a assembleia, o círio e os cravos.
4) Alegrar e coloria o ambiente com flores e panos (principalmente em volta do círio).
5) O altar deve estar sem nada em cima até o momento da liturgia eucarística.
6) Esta é uma noite santa, a ser celebrada em santidade e alegria.



I – CELEBRAÇÃO DA LUZ
 Apagadas as luzes e o povo reunido em torno do fogo aceso, com a presença do presidente, o animador pode motivar esta parte da celebração. ... O presidente da celebração saúda a assembleia e explica o sentido da vigília com estas ou outras palavras: O sentido da vigília Meus irmãos e minhas irmãs. Nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunir em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, poderemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e da sua vida em Deus. Bênção do fogo Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que creem o clarão da vossa luz, santificai + este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor. A seguir prepara o círio pascal Cristo ontem e hoje (faz a incisão da haste vertical) Princípio e fim (faz a incisão da haste horizontal) Alfa (faz a incisão do alfa no alto da haste vertical) Ômega (faz a incisão o ômega embaixo da haste vertical) A ele o tempo (faz a incisão do número 2 sobre o ângulo esquerdo superior da cruz) E a eternidade (faz a incisão do número 0 sobre o ângulo direito superior da cruz) A glória e o poder (faz a incisão do número 1 sobre o ângulo esquerdo inferior) Pelos séculos sem fim, amém (faz a incisão do número 0 sobre o ângulo direito inferior). A seguir, o presidente aplica os cravos: PR: Por suas santas chagas, / suas chagas gloriosas, / o Cristo Senhor / nos proteja / e nos guarde. Amém. Acendem o círio pascal, dizendo: PR: A luz de Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente. – Irmãos e irmãs, acendamos as velas na luz de Cristo ressuscitado. Quem tiver vela a acende. A assembleia se dirige em procissão para o interior da igreja, o diácono ou o ministro ou o presidente conduz o círio e conta (três vezes): Eis a luz de Cristo AS: Demos graças a Deus. Proclamação da Páscoa (breve) Quando todos estão na igreja, acendem-se as luzes, mantêm-se as velas acesas e canta-se a proclamação da Páscoa (Hino do Exultet). Exulte o céu e os anjos triunfantes, mensageiros de Deus, desçam cantando; façam soar trombetas fulgurantes, a vitória de um rei anunciando. Alegre-se também a terra amiga, que em meio a tantas luzes resplandece; e, vendo dissipar-se a treva antiga, ao sol do eterno rei brilha e se aquece. Que a mãe Igreja alegre-se igualmente, erguendo as velas deste fogo novo, e escutem, reboando de repente, o aleluia cantado pelo povo. O Senhor esteja convosco. AS: Ele está no meio de nós. Corações ao alto. AS: O nosso coração está em Deus. Demos graças ao Senhor, nosso Deus. AS: É nosso dever e nossa salvação. Sim, verdadeiramente é bom e justo cantar ao Pai de todo o coração e celebrar seu Filho Jesus Cristo, tornado para nós um novo Adão. Foi ele quem pagou do outro a culpa quando por nós à morte se entregou: para apagar o antigo documento, na cruz todo o seu sangue derramou. Pois eia agora a Páscoa, nossa festa, e que o real Cordeiro se imolou: marcando nossas portas, nossas almas, com seu divino sangue nos salvou. Esta é, Senhor, a noite em que do Egito retirastes os filhos de Isabel, transpondo o mar Vermelho a pé enxuto, rumo à terra onde corre leite e mel. Ó noite em que Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor: de que nos valeria ter nascido se não nos resgatasse em seu amor? Ó Deus, quão estupenda caridade vemos no vosso gesto fulgurar: não hesitais em dar o próprio Filho para a culpa dos servos resgatar. Ó pecado de Adão indispensável, pois o Cristo o dissolve em seu amor; ó culpa tão feliz, que há merecido a graça de um tão grande redentor! Pois esta noite lava todo o crime, liberta o pecador dos seus grilhões; dissipa o ódio e dobra os poderosos, enche de luz e paz os corações. Ó noite de alegria verdadeira, que prostra o faraó e ergue os hebreus, que une de novo ao céu a terra inteira, pondo na treva humana a luz de Deus. Na graça desta noite o vosso povo acende um sacrifício de louvor; acolhei, ó Pai santo, o fogo novo; não perde, ao dividir-se, o seu fulgor! Cera virgem de abelha generosa ao Cristo ressurgido trouxe a luz: eis de novo a coluna luminosa, que o vosso povo para o céu conduz. O círio que acendeu as nossas velas possa esta noite toda fulgurar; misture sua luz às das estrelas, cintile quando o dia despontar. Que ele possa agradar-vos como o Filho, que triunfou da morte e vence o mal: Deus, que a todos acende no seu brilho, e um dia voltará, sol triunfal. Terminada a proclamação da Páscoa, apagam-se as velas e todos se sentam para acompanhar as leituras bíblicas.

II – LITURGIA DA PALAVRA

 São propostas nove leituras: proclamem-se pelo menos três do Antigo Testamento (nunca omitir a do Êxodo), mais a epístola e o evangelho. Os salmos podem ser substituídos por breve silêncio. O animador por motivar... Antes das leituras, o presidente dirige-se à assembleia com estas ou outras palavras: Exortação Meus irmãos e minhas irmãs, tendo iniciado solenemente esta vigília, ouçamos no recolhimento desta noite a palavra de Deus. Vejamos como ele salvou outrora o seu povo e, nestes últimos tempos, enviou seu Filho como redentor. Peçamos que o nosso Deus leva à plenitude a salvação inaugurada na Páscoa. 1ª Leitura – Gênesis 1, 1.26-31ª (breve) No início do mundo as diferentes criaturas aparecem graças à força da palavra de Deus: no ponto mais alto de tudo de destaca o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. Mas esta primeira criatura é ainda um esboço. A verdadeira e definitiva criação se realiza quando Cristo ressuscita e nele, Filho de Deus, é oferecido o exemplar perfeito do homem, a genuína imagem e semelhança com Deus, à qual todo homem redimido e ressuscitado é destinado a ser conforme, graças ao dom do Espírito Santo. Leitura do livro do Gênesis – 1No princípio Deus criou o céu e a terra. 26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais de toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhe disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim de fez. 31E Deus viu tudo quando havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto, dia. – Palavra do Senhor.
 Salmo responsorial 103 (104) Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai. 1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto. – R. 2. A terra vós firmastes em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a cobriam como um manto, e as águas envolviam as montanhas. – R. 3. Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas margens vêm morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto. – R. 4. De vossa casa as montanhas irrigais, com vossos frutos saciais a terra inteira; fazeis crescer os verdes pastos para o gado e as plantas que são úteis para o homem. – R. 5. Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao Senhor! – R. Oração Ó Deus, admirável na criação do ser humano e muito mais na sua redenção, dai-nos a sabedoria de resistir ao pecado e chegar à eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor. 2ª Leitura – Gênesis, 22, 1-2.9-13.15-18 (breve) A fé de Abraão é firme e total: até à disponibilidade de oferecer o próprio filho como sinal de obediência à vontade de Deus. O sacrifício de Isaac, realizado no coração de Abraão e não consumado pela intervenção do anjo, é prefiguração do sacrifício do Filho amado pelo Pai. Este sacrifício será efetivamente consumado, mas a ressurreição irá chamar Jesus Cristo à vida. Somos chamados a viver com a fé de Abraão. Devemos nos sentir amado e redimidos pela oferta de Jesus, a quem longamente pensamos durante os dias de sua paixão. Leitura do livro do Gênesis – Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamado-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o ali em holocausto sobre o monte que eu te indicar”. 9Chegando ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhes faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar de seu filho. 15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo – oráculo do Senhor – uma vez que agiste desse modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”. – Palavra do Senhor. Salmo responsorial 15 (16) Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! 1. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado, não vacilo. – R. 2. Eis que meu coração está em festa, + minha alma rejubila de alegria e meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção. – R. 3. Vós me ensinais vosso caminho para a vida; + junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado! – R. Oração Ó deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da filiação, e pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de corresponder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor. 3ª Leitura – Êxodo 14,15 – 15,1 Israel é levado para fora do Egito, para viver a plena liberdade. Suas forças de nada são, só a intervenção de Deus realiza este evento: o mar que ele divide e as águas dóceis que o deixam passar e que se tornam sinal de castigo para os inimigos. É preciso saber ler em profundidade o sinal deste gesto e deste evento: significa que Deus conduz a história, a julga, condena o mal e a obstinada oposição a seu plano. Como conseqüência: na nossa confiança no poder de Deus; o temor dele se nos fechamos em nossa orgulhosa prepotência; o abandono em sua força quando somos tentados pelo demônio. Age em nós a Vitório pascal de Jesus Cristo. Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 15o Senhor disse a Moisés: “Por que chamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles e seu seja glorificado à causa do faraó e de todo o seu exército, do seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado à custa do faraó, dos seus carros e cavaleiros”. 19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi atrás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás, 20inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite.. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros, 21Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se dividiram. 22Então os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda. 23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. 24Ora, de madrugada,, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e das nuvens, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. 25Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”. 26O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”. 27Moisés entendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas. 28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e a esquerda. 30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar 31e a mão poderosa do Senhor agiu contra eles. O povo temeu o Senhor e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 15,1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico: Salmo responsorial (Ex 15) Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória! 1. Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: precipitou no mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro! O Senhor é minha força, e a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para mim libertação! – R. 2. Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei. O Senhor é um Deus guerreiro; o seu nome é o “Onipotente”: os soldados e os carros do faraó jogou no mar, seus melhores capitães afogou no mar Vermelho. – R. 3. Afundaram como pedras e as ondas os cobriram. + Ó Senhor, o vosso braço é duma força incomparável! Ó Senhor, o vosso braço esmagou os inimigos! – R. 4. Vosso povo levarei e o plantarei em vosso monte, no lugar que preparastes para a vossa habitação, no santuário construído pelas vossas próprias mãos. O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos! – R. Oração Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas antigas maravilhas. Como manifestastes outrora o vosso poder, libertando um só povo da perseguição do faraó, realizais agora a salvação de todas as nações, fazendo-as renascer nas águas do batismo Concedei a todos os seres humanos tornarem-se filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito. Por Cristo, nosso Senhor. 4ª Leitura – Isaias 54, 5-14 Deus é fiel em seu amor por nós. A última palavra não é o castigo; ele não prevalece sobre a misericórdia divina. Ouçamos as promessas de Deus, que no Cristo paciente, comemorado nesta Semana Santa, se tornaram maravilhosa e consoladora realidade: «Acolher-te-ei com imenso amor»; « com misericórdia eterna, compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor». Especialmente estes dias são a solene epifania na Igreja da piedade de Deus por nós. E sempre o será a Eucaristia, onde «o imenso amor» assume a forma do Cristo crucificado. Nunca acreditarem suficientemente na misericórdia divina. Leitura do livro do profeta Isaías – 5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. 6O Senhor te chamou como a mulher abandonada e de alma aflita; como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante eu te abandonei, mas com imensa compaixão volto a acolher-te. 8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna, compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé, a quem jurei nunca mais inundar a terra,, assim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor. 11Pobrezinha, batida por vendavais, sem nenhum consolo, eis que assentarei tuas pedras sobre rubis e tuas bases sobre safiras; 12revestirei de jaspe tuas fortificações, e teus portões, de pedras preciosas,e todos os teus muros, de pedra escolhida. 13Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor, teus filhos possuirão muita paz; 14terás a justiça por fundamento. Longe da opressão, nada terá a temer; serás livre do terror, porque ele não se aproximará de ti. – Palavra do Senhor. Salmo responsorial 29 (30) Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes! 1. Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vos tirastes minha alma dos abismos e me salvastes quando estava já morrendo! – R. 2. Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dá-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria. – R. 3. Escuta-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu prato em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! – R. Oração Deus eterno e todo-poderoso, para a glória do vosso nome, multiplicai a posteridade que prometestes aos nossos pais, aumentando o número dos vossos filhos adotivos. Possa a Igreja reconhecer que já realizou em grande parte a promessa feita a nossos pais, da qual jamais duvidaram. Por Cristo, nosso Senhor. 5ª Leitura – Isaías 55, 1-11 A nova aliança, oferecida por Deus ao Seu Povo (4.ª Leitura) destina-se a todos. Deus, com efeito, quer que todos participem das promessas nela incluídas. Mas para isso, é necessário que o homem tomando consciência da sua fome espiritual e reconhecendo seu malogro em confiar nos ídolos ou nas suas próprias forças, se volte para a palavra de Deus, oferecida, em banquete de sabedoria, a todos os que desejem saciar-se dela, num conhecimento de fé e de confiante entrega. É o anúncio do banquete messiânico, para o qual todos os homens são chamados, a fim de entrarem em comunhão com Ele, realizando assim, em plenitude, o seu destino humano. Leitura do livro do profeta Isaías – Assim diz o Senhor: 1“Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinda e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite sem nenhuma paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário, senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi. 4Eis que fiz dele uma testemunha para os povos, chefe e mestre para as nações. 5Eis que chamarás uma nação que não conhecias, e acorrerão a ti povos que não de conheciam, por causado Senhor, teu Deus, e do santo de Israel que te glorificou. 6Buscai o Senhor enquanto pode ser achado; invocai-o enquanto ele está pero. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para o nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são os vossos pensamentos e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos quanto está o céu acima da terra. 10Como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi ao enviá-la”. – Palavra do Senhor Salmo responsorial (Is 12) Com alegria bebereis do manancial da salvação. 1. Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo; + o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis do manancial da salvação. – R. 2. E direis naquele dia: “Dou louvores ao Senhor, + invocai seu santo nome,anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime. – R. 3. Louvai, cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!” – R. Oração Deus eterno e todo-poderoso, única esperança do mundo, anunciastes pela voz dos profetas os mistérios que hoje se realizam. Aumentai o fervor do vosso povo, pois, nenhum dos vossos filhos conseguirá progredir na virtude sem o auxílio da vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor. 6ª Leitura – Baruc 3, 9-15.32-4,4 Dispersos no meio de povos pagãos, que seguiam as mais diversas doutrinas filosóficas, os judeus estavam expostos à tentação de duvidar da superioridade da sua fé. Nessa situação, o profeta lembra que a verdadeira sabedoria se encontra na revelação de Deus, contida na Lei. Sabedoria encarnada do Pai, no meio dos homens, (Jo. 1, 14; Col. 2, 3), será, porém, Jesus, o Filho de Deus que nos manifestará, na loucura e fraqueza da Cruz, a verdadeira sabedoria e todo o poder de Deus (I Co. 1, 23-25), tornando-Se caminho de luz, de paz e de vida para o homem. Leitura do livro do profeta Baruc – 9Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para aprenderes a sabedoria. 10Que se passa, Israel? Como é que te encontras em terra inimiga? 11Envelheceste num país estrangeiro e te contaminaste com os mortos, fostes contado entre os que descem à mansão dos mortos. 12Abandonaste a fonte da sabedoria! 13Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em paz para sempre. 14Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde está a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde está o brilho dos olhos e a paz. 15Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem penetrou em seus tesouros? 32Aquele que tudo sabe conhece-a, descobriu-a com sua inteligência aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e quadrúpedes; 33aquele que manda a luz e ela vai, chama-a de volta e ela obedece tremendo. 34As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se; 35ele chamou-as, e elas respondem: “Aqui estamos”; e alumiam com alegria o que as fez. 36Esse é o nosso Deus, e nenhum outro pode comparar-se com ele. 37Ele revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel seu bem-amado. 38Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens. 4,1A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a lei que permanece para sempre. Todos os que a seguem têm a vida, e os que a abandonam têm a morte. 2Volta-te, Jacó, e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz. 3Não dês a outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios. 4Ó Israel, felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus. – Palavra do Senhor. Salmo responsorial 18B (19) Senhor, tens palavras de vida eterna. 1. A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes. – R. 2. Os preceitos do Senhor são preciosos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz. – R. 3. É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente. – R. 4. Mais desejáveis do que o ouro são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos. – R. Oração Ó Deus, que fazeis vossa Igreja crescer sempre mais, chamando todos os povos ao evangelho, guardai sob a vossa contínua proteção os que purificais na água do batismo. Por Cristo, nosso Senhor. 7ª Leitura – Ezequiel 36, 16-28 Com os seus pecados de idolatria e de homicídio, o Povo de Deus profanou o Seu nome, merecendo, por isso, o castigo de ser disperso entre povos pagãos. Contudo, nem mesmo na provação ele soube voltar-se para o Senhor e glorificar o Seu nome. Pelo contrário, a sua vida e o seu destino levavam os pagãos a dizer: «O Deus de Israel não será um Deus impotente para salvar Seu Povo?» Por isso, sem que o Povo o merecesse, Deus reconduzi-lo-á à sua terra, de novo tornada fértil, recriando-o, mediante uma transformação interior tão profunda que os mesmos corações de pedra se tornarão corações de carne. Será, porém, na nova realidade, que, com a Páscoa de Cristo, se realizará plenamente essa transformação. Com o perdão do pecado e a efusão do Espírito Santo, o homem receberá um coração filial, podendo repetir, cada dia: «Pai nosso» (Mt. 6, 9). Leitura da profecia de Ezequiel – 16A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 17“Filho do homem, os da casa de Israel estavam morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações. 18Então derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e dos ídolos com os quais a mancharam. 19Eu dispersei-os entre as nações e eles foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más ações. 20Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; pois deles se comentava: “Esse é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do seu país!’ 21Então eu tive pena do meu santo nome, que a casa de Israel estava profanando entre as nações para onde foi. 22Por isso, dize à casa de Israel: ‘Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de Israel, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. 23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derranarei sobre vós uma água pura e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais aminha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus’”. Palavra do Senhor. Salmo responsorial 41 (42) A minha alma tem sede de Deus. 1. A minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? – R. 2. Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa. – R. 3. Enviai vossa luz vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso monte santo, até a vossa morada! – R. 4. Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus! – R. Oração Ó Deus, força imutável e luz inextinguível, olhai com bondade o mistério de toda a vossa Igreja e conduzi pelos caminhos da paz a obra da salvação que concebestes desde toda a eternidade. Que o mundo todo veja e reconheça que se levanta o que estava caído, que o velho se torna novo e tudo volta à integridade primitiva por aquele que é o princípio de todas as coisas. Por Cristo, nosso Senhor. Canta-se solenemente o glória. Oração do dia Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo o coração,. Por nosso Senhor Jesus Cristo... Carta – Romanos 6, 3-11 A justificação vem de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo o Qual, com a Sua Morte, destruiu a escravidão do pecado e da morte, em que o homem vivia, comunicando aos resgatados a própria vida divina. Mas, para que os homens recebam a eficácia da Morte e Ressurreição de Jesus, é necessário que se insiram no Seu Mistério Pascal. Ora o Batismo é o Sacramento que nos une à Morte de Cristo para nos fazer viver com Ele a nova vida, que «não morre mais». Comunicando aos batizados os frutos da Paixão e da Ressurreição o Batismo não é, porém, uma simples aplicação do Mistério Pascal: é a sua realização atual em cada um de nós. Leitura da carta de são Paulo aos Romanos – Irmãos, 3será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. 5Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. 7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. 10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. 11Assim vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo – Palavra do Senhor. Salmo responsorial 117 (118) Aleluia, aleluia, aleluia. 1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia! A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” – R. 2. A mão direita do Senhor fez maravilhas, + a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! Não morrerei mais, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor! – R. 3. A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos olhos! – R. Evangelho – Mateus 28, 1-10 Agora não se pode procurar Jesus no sepulcro que o tinha hospedado na sexta-feira, depois da crucificação: «Jesus, o crucificado, não está mais aqui». O túmulo vazio testemunha esta realidade. A intervenção de Deus libertou-o da morte. Agora o encontramos ressuscitado. Também se não o vemos com nossos olhos, sabemos pela fé que Ele nos acompanha como ser vivo, à espera de sermos também nós ressuscitados com Ele. Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela. 3Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4Os guardas ficaram com tanto medo do anjo, que tremeram e ficaram como mortos. 5Então o anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurai Jesus, que foi crucificado. 6Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. 7Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos”. 8As mulheres partira depressa do sepulcro. Estava, com medo, mas correram com grande alegria para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar as meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. – Palavra da salvação. Após o evangelho pode haver breve reflexão. A seguir, o presidente dá início à liturgia do batismo.

III – LITURGIA BATISMAL

 Se houver batismo, apresentam-se os catecúmenos à assembleia e o presidente começa com as seguintes palavras: PR: Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces a alegre esperança dos nossos irmãos e irmãs (...), para que Deus todo-poderoso acompanhe com sua misericórdia os que se aproximam da fonte do novo nascimento. Se não houver batismo, mas só a bênção da água batismal: PR: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos sobre estas águas a graça de Deus Pai onipotente, para que em Cristo sejam reunidos aos filhos adotivos aqueles que renascerem pelo batismo. A seguir, entoa-se a Ladainha dos Santos; pode ser dispensada se não houver batismo nem bênção da água batismal. Após a ladainha, se houve batismo, o presidente reza: PR: Ó Deus de bondade, manifestai o vosso poder nos sacramentos que revelam vosso amor. Enviai o espírito de adoção para criar um novo povo, nascido para vós nas águas do batismo. E assim possamos ser, em nossa fraqueza, instrumentos de vosso poder. Por Cristo, nosso Senhor. AS: Amém. Bênção da água batismal PR: Ó Deus, pelos sinais visíveis dos sacramentos, realizais maravilhas invisíveis. Ao longo da história da salvação, vós vos servistes da água para fazer-nos conhecer a graça do batismo. Já na origem do mundo, vosso espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar. Nas próprias águas do dilúvio prefigurastes o nascimento da nova humanidade, de modo que a mesma água sepultasse os vícios e fizesse nascer a santidade. Concedestes aos filhos de Abraão atravessar o mar vermelho a pé enxuto, para que, livres da escravidão, prefigurassem o povo nascido na água do batismo. Vosso Filho, ao ser batizado nas águas do Jordão, foi ungido pelo Espírito Santo. Pendente da cruz, do seu coração aberto pela lança fez correr sangue e água. Após sua ressurreição, ordenou aos apóstolos: “Ide, fazei meus discípulos todos os povos e batizai-os em nome do pai e do Filho e do Espírito Santo”. Olhai agora, ó Pai, a vossa Igreja e fazei brotar para ela a água do batismo. Que o Espírito santo dê, por esta água, a graça de Cristo, a fim de que o ser humano, criado à vossa imagem, seja lavado da antiga culpa pelo batismo e renasça pela água e pelo Espírito Santo para uma vida nova. Se for oportuno, o presidente mergulha o círio pascal na água e continua: Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso Filho desça sobre toda esta água a força do Espírito Santo. E todos os que, pelo batismo, forem sepultados na morte com Cristo ressuscitem com ela para a vida. Por Cristo, nosso Senhor. AS: Amém. O presidente retira o círio da água e a assembléia reza: AS: Fontes do Senhor, bendizei o Senhor! Louvai-o e exaltai-o para sempre. Cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado. Bênção da água Se não houver batismo nem bênção de água batismal, o presidente benze a água para a aspersão e para quem tiver o costume de levá-la para casa: PR: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos o Senhor nosso Deus para que se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós, recordando o nosso batismo. Que ele se digne renovar-nos, para que permaneçamos fiéis ao Espírito que recebemos. Senhor nosso Deus, velai sobre o vosso povo e, nesta noite santa em que celebramos a maravilha da nossa criação e a maravilha ainda maior da nossa redenção, dignai-vos abençoar esta água. Fostes vós que a criastes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer nossas forças. Também a fizestes instrumento da vossa misericórdia: por ela libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no deserto a sua sede; por ela os profetas anunciaram a vossa aliança, que era vosso desejo concluir com a humanidade; por ela finalmente, consagrada pelo Cristo no Jordão, renovastes, pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza pecadora. Que esta água seja para nós uma recordação do nosso batismo e nos faça participar da alegria dos que foram batizados na Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor. AS: Amém. Renovação das promessas do batismo. Todos, de pé, acendem as velas e renovam as promessas do batismo. PR: Meus irmãos e minhas irmãs, pelo mistério pascal fomos, no batismo, sepultados com Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Por isso, terminados os exercícios da Quaresma, renovamos as promessas do nosso batismo, pelas quais já renunciamos a satanás e suas obras e prometemos servir a Deus na santa Igreja católica. Portanto: Para viver na liberdade dos filhos e filhas de Deus, renunciais ao pecado? AS: Renuncio. PR: Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo o que vos possa desunir, para que o pecado não domine sobre nós? AS: Renuncio. PR: Par seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e princípio do pecado? AS: Renuncio. PR: Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra? AS: Creio. PR: Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu? AS: Creio. PR: Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna? AS: Creio. PR: O Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, guarde-nos em sua graça para a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor. Apagam-se as velas. Enquanto o presidente asperge a assembleia, entoa-se um canto apropriado. Conclui-se com as preces da assembleia (preparadas pela equipe litúrgica).

IV LITURGIA EUCARÍSTICA

 A partir da apresentação das ofertas a celebração procede como de costume Sobre as oferendas Acolhei, ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota do mistério pascal, seja por vossa graça penhor de eternidade. Por Cristo, nosso Senhor. Antífona da comunhão O Cristo, nossa Páscoa, foi imolado; celebremos a festa com o pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia (1Cor 5, 7s). Depois da comunhão Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para que, saciados pelos sacramentos pascais, permaneçamos unidos no vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.

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