sábado, 24 de março de 2012

Em entrevista, Dilma diz que não há crise no governo



Na véspera da viagem para a Índia, que começa na noite deste sábado, ameaçada de perder na votação do novo Código Florestal e com uma base de apoio no Congresso cercada pela desobediência, a presidente Dilma Rousseff acha que não há crise nenhuma no governo, segundo entrevista que concedeu à revista Veja desta semana.
'Não há crise nenhuma. Perder ou ganhar votações faz parte do processo democrático e deve ser respeitado. Crise existe quando se perde a legitimidade. Você não tem de ganhar todas. O Parlamento não pode ser visto assim. Em alguma circunstância sempre vai emergir uma posição de consenso do Congresso que não necessariamente será a do Executivo', disse a presidente.
A rebelião na base aliada deve-se, principalmente, ao corte de R$ 18 bilhões nas emendas dos parlamentares ao Orçamento da União no ano em que serão renovadas as prefeituras e as câmaras municipais. Os aliados reclamam ainda, como sempre, de que não conseguem nomear afilhados para cargos no governo e nas estatais.
Na entrevista, Dilma disse que não é do 'toma lá dá cá' que vem sendo praticado no País, a partir do governo de José Sarney (1985/1990). 'Não gosto e não vou deixar que isso aconteça no meu governo', disse a presidente à Veja. Segundo ela, isso não teve nada a ver com a troca de líderes do governo no Congresso. Ela tirou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o substituiu por Eduardo Braga (PMDB-AM) e também trocou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) pelo ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Dilma disse na entrevista que é 'facílimo' substituir Lula (o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva). Lembrou que foi ministra da Casa Civil por cinco anos e que aprendeu muito com Lula despachando com ele 'dezenas de vezes por dia'. Para ela, Lula é o responsável por uma nova ordem mundial. 'Lula teve momentos de gênio na política e um carisma que nunca vi em outra pessoa'. Nem por isso, os dois sempre concordam, segundo disse a presidente na entrevista à revista Veja.
Perguntada se tem dificuldades em discordar do ex-presidente, ela disse que não tem 'nem um pouco'. E lembrou que os dois já divergiram muito no passado, mas que no essencial sempre concordaram. 'Eu tenho uma profunda admiração por ele e uma profunda amizade nos une'. Dilma afirmou que Lula 'é uma pessoa divertidíssima, com uma capacidade de afeto descomunal'.
No auge da crise com a base aliada, o ex-presidente Fernando Collor fez um discurso no Senado no qual alertou Dilma de que perdera o cargo em 1992 por falta de sustentação no Congresso. A presidente disse à Veja que não leu o discurso. 'É preciso ter em mente que as grandes crises institucionais no Brasil ocorreram não por questiúnculas, pequenas discordâncias entre o Executivo e o Legislativo. As grandes crises institucionais se originaram da perda de legitimidade do governante'.
A presidente contou, na entrevista, ter descoberto algo que não sabia quando era ministra. 'O povo se identifica com você. Vê em você uma igual na Presidência. E, por isso, o brasileiro se entrega, mostra como é caloroso. Ele te identifica na rua, grita seu nome, te abraça, te pega. Você sente que está fazendo aquilo de que ele precisa. Isso é maravilhoso!'. Dilma disse ainda ter confiança de que não haverá nenhum problema para a realização da Copa da Fifa de 2014 no Brasil. 'O Brasil fará a melhor de todas as Copas do Mundo. Querem apostar quanto comigo?'.

O CASO DEMÓSTENES TORRES


POLÍCIA FEDERAL COMPROVA QUE DEMÓSTENES TORRES (SENADOR DEM) PEDIU DINHEIRO AO BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA


Senador Demóstenes Torres discursa no plenário do Senado sobre sua relação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira Aílton de Freitas (foto: O Globo)


[Obs deste blog ‘democracia&política: não entendi ainda o que faz a mídia demotucana publicar esse desconfortável problema para a oposição. Desde o início dos anos 90, ela sempre abafou fatos negativos que denegrissem a direita e seus partidos (PSDB, DEM, PPS e outros menores). Por que agora o “O Globo” publica isso? Tem alguma jogada por trás que não percebi]



Do “O Globo”



GRAVAÇÕES REVELAM QUE SENADOR DO DEM SOLICITOU AJUDA PARA DESPESA DE TÁXI-AÉREO



“Gravações da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado [!!!], pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a exploração ilegal de jogos em Goiás. 



Relatório com as gravações e outros graves indícios foi enviado à “Procuradoria Geral da República” em 2009, mas o chefe da instituição, Roberto Gurgel, [surpreendente e intrigantemente abafou e] não tomou qualquer providência para esclarecer o caso. O documento aponta, ainda, ligações comprometedoras entre os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com Cachoeira.


Procurador Geral da República Roberto Gurgel (teria abafado o caso? A mídia da oposição gosta muito dele, dando sempre destaque às suas posições favoráveis aos demotucanos)


O relatório, produzido três anos antes da deflagração da “Operação Monte Carlo”, escancara os vínculos entre Demóstenes e Cachoeira. Numa das gravações, feitas com autorização judicial, Demóstenes pede para Cachoeira “pagar uma despesa dele com táxi-aéreo no valor de R$ 3 mil”. Em outro trecho do relatório, elaborado com base nas gravações, os investigadores informam que o senador fez “confidências” a Cachoeira sobre reuniões classificadas como reservadas que teve no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Parlamentar influente [a mídia oposicionista sempre dá grande destaque a ele], Demóstenes costuma participar de importantes discussões, sobretudo aquelas relacionadas a assuntos de segurança pública.



O relatório revela, ainda, que desde 2009 Demóstenes usava um rádio Nextel (tipo de telefone) “habilitado nos Estados Unidos” para manterconversas secretas com Cachoeira. Segundo a polícia, os contatos entre os dois eram “frequentes”. A informação reapareceu nas investigações da “Monte Carlo”. Para autoridades que acompanham o caso de perto, esse é mais um indicativo de que as relações do senador com Cachoeira foram mantidas mesmo depois da primeira investigação criminal sobre o assunto. O documento expõe, também, a proximidade entre Cachoeira e os deputados Leréia [PSDB] e Sandes Júnior [PP]. Leréia [PSDB] também usava um Nextel paraconversas secretas com Cachoeira. 



A polícia produziu o relatório com base em inquérito aberto em Anápolis para investigar a exploração de bingos e caça-níqueis na cidade e arredores. Como não pode investigar parlamentares sem autorização prévia do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF enviou o material à Procuradoria-Geral em 15 de setembro de 2009. O relatório foi recebido pela subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques. Caberia ao procurador-geral, Roberto Gurgel, decidir se pediria ou não ao STF abertura de inquérito contra os parlamentares. Mas, desde então, [Roberto Gurgel surpreendente, intrigante e aparentemente abafou o caso e] nenhuma providência foi tomada.



No segundo semestre de 2010, a PF abriu inquérito para apurar exploração ilegal de jogos em Luziânia e se deparou com as mesmas irregularidades da investigação concluída há três anos. Procurado pelo GLOBO, Gurgel disse, por meio da assessoria de imprensa, que “estava aguardando o resultado da ‘Operação Monte Carlo’ para decidir o que fazer em relação aos parlamentares”. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, confirmou o uso do Nextel por Demóstenes.



Segundo ele, o senador usou o telefone, mas “não se lembra” desde quando. O advogado não fez comentários sobre o suposto pedido de pagamento de despesas e o vazamento de informações oficiais.”



FONTE: jornal “O Globo”  (http://oglobo.globo.com/pais/pf-demostenes-torres-pediu-dinheiro-carlinhos-cachoeira-4390530) e blog do Noblat  (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/03/23/pf-demostenes-torres-pediu-dinheiro-carlinhos-cachoeira-437216.asp). [imagem do Google e trechos em azul entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política].

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PAUTA

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O CASO DE DEMÓSTENES TORRES 

Papa é recebido por 600 mil pessoas no México


Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 

Entre 600 mil e 700 mil pessoas participaram na noite de sexta-feira da recepção ao Papa Bento XVI no estado de Guanajuato, no centro do México, segundo a Santa Sé.
No trajeto de 34 km entre o aeroporto de Silao e o Colégio de Miraflores, na cidade de León, onde Bento XVI passou a noite, uma multidão saudou o Papa agitando bandeiras amarelas e brancas, as cores do Vaticano.
Em sua viagem ao México, Bento XVI visitará três cidades: León, Silao e Guanajuato, capital do estado do mesmo nome e uma das regiões mais católicas do país.
Em sua chegada ao México, Bento XVI afirmou que nenhum poder pode desprezar a dignidade humana, e pediu aos católicos para reafirmar sua fé.
O Pontífice disse ainda que os mexicanos precisam ser "fermento na sociedade, contribuindo para uma convivência respeitosa e pacífica, baseada na inigualável dignidade de qualquer pessoa, criada por Deus, a qual nenhum poder tem direito de esquecer ou desprezar".
O Papa afirmou que rezará "particularmente pelos que sofrem devido a antigas e novas rivalidades, ressentimentos e formas de violência".
Assim, citou as guerras antidrogas que atingem o México e que deixaram desde dezembro de 2006 mais de 50.000 mortos como resultados de disputas entre os cartéis e a repressão militar.
Joseph Ratzinger se disse contente de estar no México e na América Latina. "Desejo dar as mãos de todos os mexicanos e abraçar as nações e os povos latino-americanos", declarou ao iniciar sua visita.
"A Igreja não compete com outras iniciativas privadas ou públicas. Não pretende nada além de fazer o bem de forma desinteressada e respeitosa", afirmou o Pontífice que chegou na tarde de sexta-feira no aeroporto de Guanajuato na cidade de Silao, onde foi recebido pelo presidente Felipe Calderón.
Desta forma, o Papa citou as tensões em torno do crescente laicismo no México, que se traduziu em reformas vinculadas à família, ao aborto e às uniões homossexuais.
A Cidade do México aprovou nos últimos anos leis que descriminalizam o aborto antes das 12 semanas de gravidez e autorizam o casamento com plenos direitos de pessoas do mesmo sexo.
Bento XVI afirmou sua esperança de que "este povo honre a fé recebida e suas melhores tradições", diante da diminuição das práticas religiosas registrada no país e da violência relacionada ao narcotráfico que deixa 50.000 mortos em cinco anos.
O Papa, 84 anos, iniciou sua viagem ao México assistindo um grupo de mariachis e de dança folclórica no aeroporto de Silao, sob um forte sol, mas se manteve firme diante da multidão, integrada por grupos de jóvens estudantes, dezenas de crianças, mulheres e indígenas procedentes de distintos pontos do México, muitos vestidos com seus trajes típicos.
Bento XVI se deteve particularmente diante de um menino cadeirante, a quem deu sua benção, sob um forte sol e temperatura de 30 graus.
Na Cidade do México e em outras regiões do país, pequenos grupos protestaram contra a visita do Papa, acusado de "cumplicidade com padres pederastas", e exigiram "respeito ao Estado leigo.
Nesta segunda visita à América Latina, após viajar ao Brasil em 2007, Bento XVI irá a três cidades do México e a duas de Cuba.

Da AFP Paris

EVANGELHO DESTE SÁBADO


Evangelho - Jo 7,40-53
Porventura o Messias virá da Galiléia?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 7,40-53
Naquele tempo:40Ao ouvirem as palavras de Jesus,algumas pessoas da multidão diziam:'Este é, verdadeiramente, o Profeta.'41Outros diziam: 'Ele é o Messias'.Mas alguns objetavam:Porventura o Messias virá da Galiléia?42Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davie virá de Belém, povoado de onde era Davi?'43Assim, houve divisão no meio do povopor causa de Jesus.44Alguns queriam prendê-lo,mas ninguém pôs as mãos nele.45Então, os guardas do Templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus,e estes lhes perguntaram:'Por que não o trouxestes?'46Os guardas responderam:'Ninguém jamais falou como este homem.'47Então os fariseus disseram-lhes:'Também vós vos deixastes enganar?Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele?49Mas esta gente que não conhece a Lei,é maldita!'50Nicodemos, porém, um dos fariseus,aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente,disse: 51'Será que a nossa Lei julga alguém,antes de o ouvir e saber o que ele fez?'52Eles responderam:'Também tu és galileu, porventura?Vai estudar e verás que da Galiléia não surge profeta.'53E cada um voltou para sua casa.Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor. 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Humorista Chico Anysio morre aos 80 anos no Rio

O humorista Chico Anysio morreu aos 80 anos hoje, após 112 dias internado no Hospital Samaritano, no Rio. De acordo com o hospital, o horário da morte foi às 14h52. O velório será sábado (24), no Theatro Municipal do Rio. O corpo será cremado no domingo (25), em cerimônia restrita à família 

Boletim médico informou que o paciente não resistiu a uma parada cardiorespiratória e a morte ocorreu por conta de falência múltipla dos órgãos decorrente de choque séptico causado por infecção pulmonar.
O artista piorou no início desta semana e, na segunda (19), voltou a respirar com a ajuda de aparelhos em período integral. No dia seguinte, teve uma complicação renal.
Na noite de quarta (21), ele foi submetido a uma sessão de hemodiálise e apresentou instabilidade hemodinâmica --por isso, fez uso de alta dose de medicamentos para controlar a pressão arterial.
Francisco Capeda - 18.mar.10/AgNews
Veja fotos da carreira de Chico Anysio
Veja fotos da carreira de Chico Anysio
Seu estado foi considerado crítico pelos médicos na manhã de quinta (22). Segundo o boletim assinado pelo médico Luiz Alfredo Lamy, o humorista estava sedado, respirando com a ajuda de aparelhos e foi submetido na tarde de ontem a uma punção torácica para drenagem de um "grande hematoma pleural".
CARREIRA
Um dos principais nomes do humor no Brasil, criador de inúmeros personagens e bordões célebres, o cearense Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho construiu uma carreira de mais de seis décadas como radialista, escritor e ator de teatro, cinema e televisão.

Continuou trabalhando mesmo após o longo período de internação entre dezembro de 2010 e março de 2011, quando retirou parte do intestino grosso, fez uma angioplastia e teve sucessivos problemas cardiorrespiratórios que o deixaram em estado grave -chegou a entrar em coma por três vezes.
Quando teve alta, em abril do ano passado, voltou a gravar o programa semanal "Zorra Total", da Rede Globo, interpretando Salomé.
Chico era casado com a empresária Malga di Paula (seu sexto casamento) e teve oito filhos (um deles adotivo) --Lug de Paula, Nizo Neto, Rico Rondelli, André Lucas, Cícero Chaves, Bruno Mazzeo, Rodrigo e Vitória-- com cinco mulheres, entre elas a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, com quem teve seus caçulas.
Era irmão da atriz Lupe Gigliotti (morta enquanto ele estava internado, em dezembro de 2010, vítima de um câncer de pulmão), do cineasta Zelito Vianna e do empresário (e seu parceiro em diversos roteiros para TV) Elano de Paula.
Folhapress - 29.dez.75
O ator e humorista Chico Anysio em 1975; clique e saiba mais sobre o início da carreira
O ator e humorista Chico Anysio em 1975; clique e saiba mais sobre o início da carreira
INTERNAÇÃO
Chico Anysio deu entrada no mesmo hospital em novembro de 2011 devido a uma infecção urinária. Após ser tratado com um ciclo de antibióticos, recebeu alta para passar o Natal com a família, mas voltou a ser internado no dia seguinte com hemorragia digestiva.
Após alguns dias internado na UTI, Chico apresentou, também, um quadro de pneumonia e passou a respirar com a ajuda de aparelhos durante quase todo o período que esteve internado.
No início de janeiro, apresentou leve melhora na infecção pulmonar e os médicos iniciaram o processo de retirada do respirador.
No dia 14 de janeiro, o estado de Chico piorou e ele foi submetido a uma laparotomia exploradora (cirurgia abdominal para determinar os motivos do sangramento no intestino, retirando um segmento do intestino delgado que tinha sofrido uma perfuração por isquemia intestinal).
Leonardo Wen/Folhapress/Thiago Prado Neris/Tv Globo
Relembre os persnagens mais marcantes de Chico
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No mesmo período, ele desenvolveu insuficiência renal passando a receber sessões de hemodiálise.
Em fevereiro, Chico apresentou discreta melhora no quadro clínico e as sessões de hemodiálise foram suspensas, assim como a redução dos medicamentos para controlar a pressão arterial.
Ainda segundo o hospital, o humorista estava lúcido, permanecia algumas horas do dia sem ajuda do suporte mecânico para respirar e passava diariamente por sessões de fisioterapia respiratória e motora.
No fim do mês, Chico foi diagnosticado com um novo quadro de pneumonia, passou a fazer uso de antibióticos e voltou a respirar com ajuda de aparelhos.
Ele permaneceu com o mesmo quadro clínico até meados de março. No dia 21, apresentou piora no quadro cardiocirculatório com queda da pressão arterial e falência dos rins. Voltou a respirar com ajuda de aparelhos durante todo o dia e foi submetido a sessões de hemodiálise.
Malga Di Paula, atual mulher do artista, fez campanha contra o cigarro no Facebook na semana passada. "[Chico] é uma das vítimas de uma geração desinformada, que usava o cigarro por uma questão de charme", publicou ela na rede social.
Paula Giolito - 18.out.11/Folhapress
Chico Anysio recebe o prêmio especial do júri no Festival de Cinema do Rio, em outubro de 2011
Chico Anysio recebe o prêmio especial do júri no Festival de Cinema do Rio, em outubro de 2011
HISTÓRICO MÉDICO
Chico Anysio já havia passado três meses no mesmo hospital no início de 2011, quando deu entrada com falta de ar e foi detectada uma obstrução de artéria coronariana. Ele foi submetido a uma angioplastia, procedimento que desobstrui as artérias.
No período pós-operatório, o humorista passou por diversas complicações, como tamponamento cardíaco e pneumonia. Ele precisou de auxílio de máquinas para respirar em vários momentos da internação, e foi submetido ainda a uma traqueostomia.
O humorista esteve internado em outras duas ocasiões em 2010: em maio e agosto. Na primeira, teve de tratar uma infecção respiratória.
Na época, escreveu em seu blog: "Estou vivo e paciente, esperando a cada telefonema que seja alguém da Globo, vestido de azul marinho, dizendo que alguém da mesma cor quer me ver novamente na telinha".
Já a segunda internação, em agosto, ocorreu por causa de uma hemorragia digestiva e ele passou por duas cirurgias no intestino. A recuperação foi rápida e, em setembro, Chico voltou aos palcos ao lado de Tom Cavalcanti no espetáculo "Chico.Tom".
Sua saúde foi se debilitando ao longo da última década. Em 2000, Chico Anysio foi internado com dores no peito. No ano seguinte, teve problemas pulmonares. Em 2006, foi internado duas vezes: primeiro, teve uma infecção respiratória, em seguida, sofreu uma queda em casa na qual fraturou uma vértebra.
Em 2009, o artista fez uma participação na novela "Caminho das Índias", como o trambiqueiro Namit, pai de Radesh (Marcius Melhem). No ano passado, recebeu o prêmio especial do júri no Festival de Cinema do Rio por sua atuação no filme "A Hora e a Vez de Augusto Matraga", dirigido por Vinicius Coimbra.
Felipe Assumpção - 4.set.2010/AgNews
Chico Anysio volta aos palcos ao lado de Tom Cavalcante
Chico Anysio volta aos palcos ao lado de Tom Cavalcante


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Papa Bento XVI diz que comunismo não funciona mais em Cuba


Pontífice também pediu combate ao tráfico de drogas no México. Papa faz visita de seis dias, sua primeira a países latino-americanos



O Papa Bento XVI afirmou nesta sexta-feira (23) que o comunismo não funciona mais em Cuba e que a Igreja estava pronta para ajudar a ilha a encontrar novas maneiras de avançar sem "trauma".
Falando a bordo do avião que o leva da Itália para sua visita a México e Cuba, o Papa disse a repórteres que "hoje é evidente que a ideologia marxista na forma como foi concebida não corresponde mais à realidade".
Respondendo a uma pergunta sobre sua visita à ilha, o Papa disse que "novos modelos devem ser encontrados com paciência e de uma maneira construtiva... queremos ajudar."
Bento XVI, que deve chegar a Cuba na segunda-feira depois de uma visita de três dias ao México, pediu liberdade de consciência e religiosa para a ilha.
México
Em relação ao México, Bento XVI pediu que o narcotráfico seja combatido e afirmou que é preciso "desmascarar o mal e a mentira", assim como a "idolatria do dinheiro que converte os homens em escravos".

Ele convocou os católicos a "fazer todo o possível contra este mal destruidor de nossa juventude". "Nossa grande responsabilidade é educar as consciências, educar a responsabilidade moral", acrescentou Bento XVI.
Bento XVI faz uma viagem de seis dias aos dois países. Trata-se da primeira visita papal em sete anos a dois países de língua espanhola da América Latina.
Durante os seis dias em que permanecerá na América Latina, a região mais católica do planeta, de 23 a 28 de março, o pontífice, que comemorará seus 85 anos no dia 16 de abril, cumprirá um programa um pouco mais tranquilo, que leva em conta sua idade avançada.
O Papa será recebido na tarde desta sexta-feira no aeroporto de León pelo presidente do México, Felipe Calderón, e depois tem programado um longo descanso para se recuperar das 14 horas de voo. As informações são do G1.

TRAIRI - COMANDO DE GREVE VISITAM ESCOLAS PARA CONCIENTIZAR PROFESSORES E COMUNIDADE.

A Direção do SISPUMT e o comando de greve eleito pela assembléia geral iniciaram ontem 21 de março uma série de visitas às escolas da rede municipal de ensino de Trairi. Estas vistas fazem parte da estratégia adotada pelo movimento de paralisação cujo objetivo é levar as informações aos professores no seu ambiente de trabalho sobre os motivos que levaram a greve que se iniciou no dia 16 março. Além de conscientizar os professores e sobre a importância da união da categoria neste momento de luta árdua com a falta de sensibilidade do atual gestor que até agora não s sinalizou com nenhuma proposta a respeito da reivindicação da categoria. A comitiva aproveita para fazer avaliações sobre a estrutura das escolas e sobre suas condições de funcionamento. “A receptividade dos companheiros professores é excelente”. A maioria acredita na paralisação como instrumento de melhoria para a qualidade do ensino público e apoia o nosso movimento.





Liturgia para esta sexta-feira - Evangelho (João 7,1-2.10.25-30)


Sexta-feira, 23 de Março de 2012


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus andava percorrendo a Galileia. Evitava andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. 2Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas.10Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente mas sim como que às escondidas.
25Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram matar?26Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? 27Mas este, nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é”.
28Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, 29mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou”.
30Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Quais critérios você estabelece para reconhecer Jesus?

No Evangelho de hoje, João nos destaca – diferente do que os sinóticos fazem – o conflito entre Jesus e os judeus, pois, nos Evangelhos sinóticos, o Senhor restringiu-se aos dirigentes, fariseus, escribas e sacerdotes. Mas isso por que este Evangelho tem como base a comunidade cristã samaritana? Talvez sim, talvez não. Estamos diante da expressão do tradicional conflito entre Israel (reino do norte) e Judá (reino davídico do sul). O messias esperado pelo Judaísmo seria um líder que conquistaria a liberdade nacional dos judeus e imporia ao mundo sua religião. Portanto, tratar-se-ia de uma salvação que atingiria todos os homens e mulheres do mundo inteiro, já que os destinatários da salvação o rejeitaram.
A atividade de Jesus denuncia o agir perverso da sociedade e, por isso, provoca ódio. Seus parentes pensam no sucesso, as autoridades O procuram, pois  vêem n’Ele um perigo. E o povo expressa opinião diversa a respeito do Senhor: uns julgam-nO a partir das obras que Ele realiza; outros, a partir de leis e estruturas estabelecidas. Assim, a presença de Jesus é sinal de contradição que vai revelando a face das pessoas.
Os chefes religiosos do Templo e das sinagogas rejeitavam o messianismo de Jesus e procuravam-nO para prendê-Lo e matá-Lo, pois para eles Jesus era uma ameaça. No meio do povo, a divisão continuava e o tema da discussão era a origem do tal Messias. Uns não aceitavam Jesus, baseados numa tradição teórica sobre a origem do verdadeiro redentor; outros – que já são muitos – acreditavam que Ele era o Redentor, porque prestavam atenção às Suas práticas redentoras e viam nisso um sinal da presença de Deus.
Jesus, descartando qualquer aspiração ao poder, revela-se como o enviado que comunica a verdadeira vinda de Seu Pai. Desafiando-os diz: “Será que vocês me conhecem mesmo e sabem de onde eu sou? Eu não vim por minha própria conta. Aquele que me enviou é verdadeiro, porém vocês não O conhecem. Mas eu O conheço, porque venho d’Ele e fui mandado por Ele”.
Assim, Jesus mostra o verdadeiro critério para que reconheçamos o Salvador. Não é o lugar de Sua origem, mas o fato d’Ele ser o enviado de Deus, cuja atividade deve ser reconhecida pelas obras que faz.
Depois de tudo o que você leu e tocou sobre o Verbo Divino feito homem para a nossa salvação, quais critérios você estabelece para reconhecer Jesus?
“Pai, ajude-nos a acolher, sem preconceitos, a revelação de Jesus, pois Sua identidade messiânica de Filho de Deus transparece nas Palavras e nos sinais que Ele realizou.
Padre Bantu Mendonça

Fonte: Canção Nova 




Nesta quinta-feira, 22 de Março de 2012, aconteceu a PRIMEIRA FEIRA CULTURAL DE PORTUGUÊS DA ESCOLA VICENTE FEIJÓ DE MELO. Uma manhã repleta de apresentações produzidas por nossos próprios alunos. Foi uma festa.





Cada sala tinha suas apresentações. Cada responsável por suas turmas. Os alunos preparam tetro, banca de livros, mesas de histórias literárias. Também havia uma sala que tocava as músicas de crianças e cada grupo que passava por essa sala era impossível não dançar. Foi realmente uma maravilha.



A Escola Vicente Feijó, juntamente com todos os professores, está de parabéns por realizarem este grande evento. Tivemos ainda a presença da Escola Etelvina Gomes Bezerra que veio prestigiar o evento. Foi um momento marcante para toda a comunidade escolar Vicente Feijó.



Parabéns as nossas crianças por quem temos um carinho todo especial. Eles (nossos alunos) são magníficos. Fizeram sua parte e nós professores ficamos empolgados pela capacidade que nossos meninos têm de fazer acontecer o processo educacional, sendo eles mesmos os protagonistas de sua aprendizagem.








Produção de texto e imagens - Professor Valdeni Cruz

quinta-feira, 22 de março de 2012

São Gregório Nazianzeno, Mestre de fé na Trindade


Segunda Pregação de Quaresma do Padre Raniero Cantalamessa

CIDADE DO VATICANO, Sexta-feira, 16 de Março de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos o texto da segunda pregação de Quaresma do Padre Raniero Cantalamessa, O.F.M.Cap., pregador da Casa Pontifícia, pronunciada nesta manhã na capela "Redemptoris Mater" na presença do Papa Bento XVI.
***
Em anos não distantes, tem-se havido propostas teológicas que, apesar das profundas diferenças entre elas, tinham um esquema de fundo comum, às vezes claro, às vezes implícito. Tal esquema é muito simples, porque redutivo. Os dois maiores mistérios da nossa fé são a Trindade e a Encarnação: Deus é uno e trino; Jesus Cristo é Deus e homem. A essência das propostas às quais me refiro diz assim: Deus é uno, e Jesus Cristo é homem. Cai a divindade de Cristo e, com essa, a Trindade.
O resultado deste processo é que acaba-se aceitando tacitamente e hipocritamente a existência de duas fé e de dois cristianismos diferentes, que só têm o nome em comum: o cristianismo do Credo da Igreja, das declarações ecumênicas conjuntas, nas quais, com as palavras do símbolo Niceno-Constantinopolitano, continua a professar a fé na Santíssima Trindade e na plena divindade de Cristo, e o cristianismo de grandes segmentos da cultura, também exegética e teológica, nas quais estas mesmas verdades são ignoradas ou interpretadas de forma bastante diferente.
Neste clima, é particularmente oportuna uma revisitação dos Padres da Igreja, não só para conhecer o conteúdo do dogma no seu estado nascente, mas ainda mais para reencontrar a unidade entre a fé professada e a fé vivida, entre a “coisa” e o seu “enunciado”. Para os Padres a Trindade e a unidade de Deus, a dualidade das naturezas e a unicidade da pessoa de Cristo não eram verdades para se discutir na teoria somente ou nos livros em diálogo com outros livros; eram realidade vitais. Parafraseando uma piada que circula nos ambientes esportivos, poderemos dizer que tais verdades não eram para eles questão de vida ou de morte; eram muito mais!

1. Gregório Nazianzeno, cantor da Trindade

O gigante sobre o qual queremos subir nas costas hoje, é São Gregório Nazianzeno, o horizonte que queremos vasculhar com ele é a Trindade. É seu o grandioso quadro que mostra o desdobrar-se da revelação da Trindade na história e a pedagogia de Deus que se revela nele. O Antigo Testamento, escreve, proclama abertamente a existência do Pai e começa a anunciar veladamente aquela do Filho; O Novo Testamento proclama abertamente o Filho e começa a revelar a divindade do Espírito Santo; agora, na Igreja, o Espírito nos concede distintamente a sua manifestação e se confessa a glória da beata Trindade. Deus dosou a sua manifestação, adaptando-a aos tempos e à capacidade receptiva dos homens (Cf. Gregorio Nazianzeno, Oratio 31, 26. Trad. portuguesa nossa, Trad ital di C. Moreschini, I cinque discorsi teologici, Roma, Città Nuova, 1986).
Esta divisão tríplice não tem nada a ver com a tese, conhecida sob o nome de Joaquim de Fiore, dos três períodos distintos: aquele do Pai, no Antigo Testamento, aquele do Filho no Novo e aquele do Espírito na Igreja. A distinção de São Gregório se coloca na ordem da manifestação, não do ser ou do agir das Três Pessoas, que estão presentes e obram juntas em todo o arco do tempo.
São Gregório Nazianzeno recebeu da tradição o título de “o Teólogo” (Rô Theólogos), justo por causa da sua contribuição para a compreensão do dogma trinitário. O seu mérito foi ter dado à ortodoxia trinitária a sua formulação perfeita, com frases destinadas à se tornarem patrimônio comum da teologia. O símbolo pseudo-atanasiano “Quicumque”, composto aproximadamente um século depois, deve bastante à Gregório Nazianzeno.
Eis algumas das suas fórmulas cristalinas: “Era, e era, e era: mas era um só. Luz e luz e luz: mas uma só luz. Isto é o que David imaginou quando disse: "Na tua luz veremos a luz" (Sl 35,10). E agora nós a contemplamos e a anunciamos, da luz que é o Pai compreendendo a luz que é o Filho na luz do Espírito: Eis a breve e concisa teologia da Trindade [...] Deus, se é que podemos falar de forma sucinta, é indivisível em seres divisíveis uns dos outros"( Oratio 31, 3.14).
A principal contribuição dos Capadócios na formulação do dogma trinitário é aquela de ter levado até o fim a distinção dos dois conceitos de ousia e hipostase, substância e pessoa, criando a base conceitual permanente com a qual se exprime a fé na Trindade. Trata-se de uma das maiores inovações que a teologia cristã introduziu no pensamento humano. Dessa foi possível se desenvolver o moderno conceito de pessoa como relação. O lado fraco da sua teologia trinitária, e que ele mesmo se deu conta, era o perigo de conceber a relação entre a única substância divina e as três hipósteses do Pai, do Filho e do Espírito Santo da mesma forma que a relação que existe na natureza entre as espécies e os indivíduos (Por exemplo, entre a espécie humana e os indivíduos homens), expondo-se assim às acusações de triteísmo (Cf. Basilio, Epistola 236,6).
Gregorio Nazianzeno se esforça para responder a esta dificuldade, dizendo que cada uma das três pessoas divinas não é menos unida às outras duas do que é unida a si mesma (Gregorio Naz., Oratio. 31,16). Rejeita, pelo mesmo motivo, as semelhanças tradicionais de “fonte, riacho, rio” ou “sol, raio, luz”( Ib. 31, 31-33). Ao final admite, porém, candidamente que prefere esse risco ao do modalismo: “É melhor, diz ele, ter uma idéia, talvez insuficiente, da união dos Três, do que ousar uma impiedade absoluta" (Ib. 31, 12).
Por que escolher São Gregório Nazianzeno como mestre de fé na Trindade? O motivo é o mesmo pelo qual escolhemos Atanásio como mestre de fé na divindade de Cristo. É que, para Gregório, a Trindade não é uma verdade abstrata, ou apenas um dogma; é a sua paixão, o seu ambiente vital, algo que vibra o seu coração só com a menção.
Os ortodoxos chamam-no de "o cantor da Trindade”. Isto corresponde perfeitamente ao que sabemos da sua personalidade humana. O Nazianzeno é um homem com um coração maior do que a mente, um temperamento exageradamente sensível, de modo a causar-lhe não poucos sofrimentos e decepções nos seus relacionamentos com os outros, começando com o seu amigo São Basílio.
É na sua produção poética que se revela sobretudo o seu entusiasmo pela Trindade. Ele usa expressões como “a minha Trindade”, “a amada Trindade” [Gregorio Naz., Poemata de seipso, I,15; I, 87 (PG 37, 1251 s.; 1434)]. Gregorio é um apaixonado da Trindade. Escreve sobre si mesmo:
"Desde o dia em que eu renunciei as coisas deste mundo para consagrar a minha alma às contemplações luminosas e celestiais, quando a inteligência suprema me seqüestrou daqui de baixo para colocar-me distante de tudo o que é carnal, daquele dia os meus olhos foram ofuscados pela luz da Trindade ... Da sua sublime sede ela espalha sobre todas as coisas o seu brilho inefável... A partir daquele dia eu estou morto para o mundo e o mundo está morto para mim" [Ib., I,1 (PG 37, 984-985)].
Basta comparar estas palavras com as expressões tecnicamente perfeitas, mas frias do símbolo "Quicumque", que se recitava a um tempo atrás no Ofício divino do domingo, para que nos demos conta da distância que separa a fé vivida pelos Padres daquela formal e repetitiva que se instaura depois deles, ainda se esta última absolve também uma tarefa importante.

2. Não podemos viver sem a Trindade

Agora, como sempre, algumas reflexões sobre aquilo que os Padres podem oferecer-nos, neste campo, para uma renovação da nossa fé. Sabemos que a teologia ocidental sempre teve de se defender contra o risco do triteísmo do qual, temos visto, deve defender-se o Nazianzeno; o risco de enfatizar a unidade da natureza divina, em detrimento da distinção das pessoas.
Sobre este terreno foi possível se desenvolver a visão deística de Descartes e dos Iluministas que prescinde totalmente da Trindade para concentrar-se unicamente em Deus, concebido como Ser supremo ou como “a divindade”. Kant chegou com isso à famosa conclusão de que "da doutrina Trinitária, tomada literalmente, não é possível tirar nada de prático” (E. Kant, Il conflitto delle facoltà, A 50 (WW, ed. W. Weischedel, VI, p.303). Ela, em outras palavras, seria irrelevante para a vida dos homens e da Igreja.
Isto foi sem dúvida um dos fatores que aplainou o caminho do ateísmo moderno. Se tivesse permanecido viva na teologia a idéia do Deus Uno e Trino, antes de falar de um vago “Ser supremo”, não teria sido muito fácil para Feurbach fazer triunfar a sua tese de que Deus é uma projeção que o homem faz de si mesmo e da própria essência. Que necessidade teria então o homem de dividir-se em três: em Pai, Filho e Espírito Santo? E em que sentido a Trindade pode ser a projeção e a sublimação que o espírito humano faz de si mesmo? É o vago deísmo que foi demolido por Feuerbach, não a fé no Deus uno e trino.
Mas se a visão latina da Trindade, por um lado, abre brecha para este desvio deístico, por outro lado contém o remédio mais eficaz contra ele. Nunca seremos o suficientemente gratos a Agostinho por ter feito o seu discurso da Trindade sobre a palavra de João: "Deus é amor" (1 Jo 4,10). Deus é amor: por isso, conclui Agostinho, ele é Trindade! "O amor supõe um que ama, o que é amado e o mesmo amor”( Agostino, De Trinitate, VIII, 10, 14). O Pai é, na Trindade, aquele que ama, a fonte e o princípio de tudo; o filho é aquele que é amado; o Espírito Santo é o amor com o qual se amam.
Todo amor é amor de alguém ou de algo, como todo conhecimento, explicou Husserl, é conhecimento de algo. Não existe um amor “vazio”, sem objeto. Ora, quem ama a Deus, para ser definido amor? O Homem? Mas então é amor só de apenas algumas centenas de milhões de anos. O universo? Mas então é amor somente de algumas poucas dezenas de bilhões de anos. E antes quem amava a Deus para ser amor? Os pensadores gregos e, em geral, as filosofias religiosas de todos os tempos, concebendo a Deus principalmente como um "pensamento", podiam responder: Deus pensava a si mesmo; era “pensamento puro”, “pensamento de pensamento”. Mas isto não é possível, no momento em que se diz que Deus é antes de mais nada amor, porque o “puro amor de si mesmo” seria então puro egoísmo, que não é exaltação máxima do amor, mas a sua total negação.
E aqui está a resposta da revelação, explicitada pela Igreja com a sua doutrina da Trindade. Deus é amor desde sempre, ab aeterno, porque antes mesmo de que existisse um objeto fora de si para amar, tinha em si mesmo o Verbo, o Filho que amava com amor infinito, ou seja “no Espírito Santo”. Isso não explica como a unidade possa ser simultaneamente trindade (isso é um mistério incognocível por nós porque acontece somente em Deus), mas nos é suficiente, ao menos, intuir porque, em Deus, a unidade deve ser também pluralidade, também trindade.
Um Deus que fosse puro Conhecimento ou pura Lei, ou puro Poder não teria certamente necessidade de ser trino (este fato complicaria ainda mais as coisas); mas um Deus que é acima de tudo Amor sim, porque "em menos de dois, não pode haver amor". "É necessário – escreveu de Lubac – que o mundo conheça: a revelação do Deus Amor perturba todo o conceito que ele tinha da divindade" (H. de Lubac, Histoire et Esprit, Aubier, Parigi 1950, cap.5).
Aquela do amor é certamente uma analogia humana, mas é sem dúvida aquela que melhor nos permite vislumbrar as profundezas misteriosas de Deus. Nisso se vê como a teologia latina integra aquela grega e as duas não podem dispensar-se mutuamente. O tema do amor está quase inteiramente ausente na teologia trinitária dos orientais que usam de preferência a analogia da luz. É necessário esperar Gregório Palamas para ler, no âmbito grego, algo análogo do que disse Agostinho sobre o amor na Trindade [Gregorio Palamas, Capita physica, 36 (PG 150, 1144s)].
Alguns gostariam de colocar hoje entre parênteses o dogma da Trindade para facilitar o diálogo com as outras grandes religiões monoteístas. É uma operação suicida. Seria como tirar a espinha dorsal de uma pessoa para fazê-la caminhar mais facilmente! A Trindade está tão impressa na teologia, liturgia, espiritualidade e toda a vida cristã que renunciar a ela significaria iniciar uma outra religião, completamente diferente.
O que deve ser feito é, antes, como os Padres nos ensinam, tirar esse mistério dos livros de teologia e colocá-los na vida, de modo que a Trindade não seja só um mistério estudado e formulado corretamente, mas vivido, adorado, gozado. A vida cristã se desenvolve, do começo ao fim, no sinal e na presença da Trindade. Na aurora da vida, fomos batizados "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" e, no final, se tivermos a graça de uma morte cristã, ao nosso lado serão pronunciadas estas palavras: "Parte, alma cristã, deste mundo: em nome do Pai que te criou, do Filho que te redimiu e do Espírito Santo que te santificou".
Entre estes dois momentos extremos, são colocados outros momentos assim chamados “de passagem” que, para um cristão, são marcados pela invocação da Trindade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo os esposos são unidos em matrimônio e se trocam o anel e os sacerdotes e os bispos são consagrados. Em nome da Trindade iniciavam uma vez os contratos, as sentenças e cada ato importante da vida civil e religiosa. A Trindade é o ventre do qual nascemos (cf. Ef 1,4) e é também o porto para o qual todos navegamos. É “o oceano de paz” do qual tudo jorra e no qual tudo flui.

3. "O beata Trinitas!"

São Gregório Nazianzeno deveria ter suscitado em nós o desejo ardente da Trindade: fazer dela a “nossa” Trindade, a “amada” Trindade, a “cara” Trindade. Alguns desses toques de sincera adoração e espanto sobressaem nos textos da solenidade da Santíssima Trindade. Devemos fazê-los passar da liturgia para a vida. Existe algo mais santo que podemos fazer com relação à Trindade do que buscar compreendê-la, e é entrar nela! Não podemos abraçar o oceano, mas podemos entrar nele; não podemos abraçar o mistério da Trindade com a nossa mente, mas podemos entrar nele!
A "porta" para entrar na Trindade é só uma, Jesus Cristo. Com a sua morte e ressurreição ele inaugurou para nós um caminho novo e vivente para entrar no santo dos santos que é a Trindade (cf. Hb 10,19-20) e deixou-nos os meios para poder segui-lo nesta viagem de retorno . O primeiro e mais universal é a Igreja. Quando se quer atraversar um braço de mar, dizia Agostinho, a coisa mais importante não é estar na margem e aguçar a visão para ver o que há do outro lado, mas é subir na barca que leva até a margem. E também para nós a coisa mais importante não é especular sobre a Trindade, mas permanecer na fé da Igreja que vai em direção a ela (Agostino, De Trinitate, IV,15,30; Confessioni, VII, 21).
Na Igreja, a Eucaristia é o meio por excelência. A Missa é uma ação trinitária do início ao fim; começa em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e termina com a benção do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Essa é a oferta que Jesus, cabeça e corpo místico, faz de Si mesmo ao Pai no Espírito Santo. Através dele, entramos realmente no coração da Trindade.
Para os irmãos ortodoxos, um importante meio para entrar no mistério é o ícone. A Trindade de Rublev é uma síntese visual da doutrina trinitária dos Capadócios, particularmente de Gregório Nazianzeno. Nela percebe-se, em igual medida, movimento incessante e quietude sobre-humana, transcendência e condescendência. O dogma da unidade e trindade de Deus é expresso pelo fato de que as figuras presentes são três e bem distintas, mas muito semelhantes entre elas. Estão idealmente contidas dentro de um círculo que destaca a sua unidade; mas com o seu diverso movimento e disposição proclamam também a sua distinção. O santo, cujo mosteiro foi pintado o ícone, São Sérgio de Radonez, havia se distinguido na história Rússa por ter trazido a unidade entre os líderes em desacordo entre si e de ter tornado assim possível a libertação da Rússia pelos Tártaros que a tinham invadido. O seu lema – que Rublev tem se esforçado para interpretar o ícone – era: "Contemplando a Santíssima Trindade, vencer a discórdia ódiosa deste mundo." São Gregório Nazianzeno tinha expressado um pensamento semelhante nestes versos que parecem o seu testamento espiritual:
Busco a solidão, um lugar inacessível para o mal,
Onde com mente única buscar o meu Deus
E aliviar a minha velhice com a doce esperança do céu.
O que vou deixar à Igreja? Vou deixar as minhas lágrimas! ...
Dirijo o meu pensamento para a morada que não conhece ocaso,
Para a minha querida Trindade, única luz,
Da qual só a sombra escura me comove agora. "
A espiritualidade latina não é menos rica de ajuda para fazer da Trindade um mistério próximo, amado. Ela também insiste sobre o movimento oposto: não nós que entramos na Trindade, mas a Trindade entraem nós. Natradição ortodoxa, a doutrina da inabitação é referida de preferência à pessoa do Espírito Santo. É a teologia latina que desenvolveu, em todo o seu potencial, a doutrina bíblica da inabitação de toda a Trindade na alma: “O meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada". (Jo 14, 23). Pio XII reservou para ela um lugar na sua Mystici Corporis, dizendo que graças a ela nós “participamos desde agora na alegria e na bem aventurança da Trindade”.
São João da Cruz diz que "o amor foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo" (Rm 5,5) não é nada mais do que o amor com o qual o Pai, desde sempre, ama o Filho. É um transbordamento do amor divino da Trindade para nós. Deus comunica à alma “o mesmo amor que comunica ao Filho, mesmo que isso não ocorra naturalmente, mas por união... A alma participa de Deus, cumprindo, junto com ele, a obra da Santíssima Trindade”. A beata Elizabete da Trindade nos sugere um método simples para traduzir tudo isso num programa de vida: “Todo o meu exercício consiste em entrar em mim mesma e perder-me nos Três que estão lá”.
Eu vejo nisso uma razão a mais, e entre as mais profundas, para evangelizar. Lia dias atrás, na liturgia das horas, as palavras de Deus em Isaías: "Eis para quem estão voltados meus olhos: para quem é humilde, que tem o espírito aflito e trema diante da minha palavra” (Isaías 66,2). Fiquei impressionado com um pensamento. Eis, disse a mim mesmo, em que consiste a grande diferença entre quem é batizado e quem não o é: sobre quem é batizado, Deus “dirige o olhar”, está presente intencionalmente, com o seu amor e a sua providência; em quem é batizado, ele não dirigem somente o olhar mas vem habitar nele pessoalmente, e mais com todas as três Pessoas divinas. É verdade que uma presença intencional correspondida pode ser mais aceitável a Deus do que uma presença batismal negligenciada ou recusada (e isso deve encher-nos de humildade e responsabilidade), mas seria ingratidão não reconhecer a diferença que faz ser ou não ser cristãos.
Terminamos a recitando juntos a doxologia que conclui o cânon da Missa e que constitui a mais breve e a mais densa oração trinitária da Igreja: “Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai Todopoderoso, na unidade do Espírito Santo,Toda honra e Toda a Glória agora e para sempre. Amém”.

[Tradução Thácio Siqueira]

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